quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Impacto ambiental - Citações

.







Impacto da pecuária para o meio ambiente.
- Citações de profissionais e obras especializadas




compilação: ONCA
dezembro/2009




Este é um resumo de citações de profissionais e obras especializadas sobre o impacto da pecuária e produção animal ao meio ambiente.
Propomos apenas que este sirva de ponto de partida e que através deste rol, sejam as fontes aprofundadas, novas obras consultadas e continuidade seja dada ao tema.

Algumas citações que podemos destacar:










“Cerca da metade das terras do mundo é ocupada com a criação de animais ruminantes.”
('Dicionário Ilustrado de Ecologia'; Terra; Editora Azul; p. 157)




“80% do desmatamento da Amazônia se deve à pecuária”
(Paulo Maurício Lima de Alencastro Graça, integrante do Departamento de Ecologia, Divisão de Bioecologia, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA); Revista do Instituto Humanitas Unisinos; 2006)




“Fazendas de gado ocupam cerca de 80 por cento das áreas desmatadas [da Amazônia].”
(Carlos Minc, ministro brasileiro do Ministério do Meio Ambiente; 'Brasil Apreende Gado para Conter Destruição da Amazônia'; O Globo; 24 de junho de 2008)




“A pecuária foi a principal responsável pelo desmatamento da Mata Atlântica, foi a principal responsável pelo desmatamento da Caatinga e foi o principal fator do desmatamento do Cerrado. E agora, da Amazônia.”
(João Meirelles Filho, integrante do Instituto Peabiru - Belém, PA; documentário 'A Carne É Fraca'; Instituto Nina Rosa; 2005)




“O pastoreio excessivo, até mesmo de animais de pequeno porte, arrasa com a vegetação que protege o solo. Esse processo acelera a desertificação ou dá início a ela.”
('A Fome Na Atualidade'; Maria Elisa M. Helene, Beatriz Marcondes e Edelci Nunes; Ed. Scipione; 1994; p. 22)




“A pecuária representa uma das atividades humanas mais impactantes para o meio ambiente, consumindo grandes quantidades de água, grãos, combustíveis fósseis, pesticidas e drogas. Esta atividade é também a principal causa por trás da destruição das florestas tropicais e outras áreas naturais, além de grande responsável por outros impactos ambientais, como a extinção de espécies, erosão do solo, escassez e contaminação de águas, desertificação, poluição orgânica e efeito estufa.”
(Sérgio Greif, biólogo; 'Vegetarianismo a Favor do Meio Ambiente'; revista Criativa; Editora Abril; dezembro de 2005)




“Um terço da superfície da América do Norte está coberta de pastagens para o gado. Metade da área agricultável americana está sendo usada para o plantio de grãos para alimentar o gado.”
('50 Pequenas Coisas que Você Pode Fazer para Salvar a Terra'; The EarthWorks Group; Editora Best Seller; 1989; p. 88)




“Metade das florestas da América Central foram destruídas para a produção de carne bovina.”
('50 Pequenas Coisas que Você Pode Fazer para Salvar a Terra'; The EarthWorks Group; Editora Best Seller; 1989; p. 88)




“A utilização excessiva da terra causada pela criação de gado resultou na contínua perda da camada fértil da terra. Por todo o globo, a terra, que é a própria base da produção de alimentos, está sendo rapidamente erodida. Pressões da competição muitas vezes forçam os fazendeiros a optar por métodos de produção de baixo custo que deixam o solo exposto ou a submeter terras fracas à produção intensiva, resultando em sua ruína.”
('Produção de Alimentos, Degradação Ambiental e Fome'; Fórum Eco-Gaia; 15 de agosto de 2006; www.eco-gaia.net)




“A desflorestação para criar pastos é uma das principais causas da desflorestação, em especial na América Latina, onde por exemplo 70 por cento das florestas que desapareceram no Amazonas passaram a ser utilizadas como pastagens.”
('FAO: Pecuária Ameaça o Ambiente; É Necessário Encontrar Soluções Urgentes'; AgroPortal; 30 de novembro de 2006; www.agroportal.pt)




“Na criação extensiva, cada cabeça de gado necessita de 1 alqueire de terra, quando há riqueza de forragem. Caso a terra seja pobre, essa necessidade pode chegar a até 14 alqueires.”
('Caminhos do Boi - Pecuária Bovina no Brasil'; Cândida V. Gancho e Vera V. de Toledo; Editora Moderna; 10ª edição; 1997; p. 43)
[Obs: 1 alqueire equivale a 48.400 metros quadrados]




“Uma dieta baseada em carne gasta entre duas e quatro vezes mais terra agricultável que a vegetariana.”
('Compras para Salvar o Mundo'; Época; 21 de novembro de 2005; Editora Globo; p. 94)




“O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo (mais de 200 milhões de cabeças), que necessita de uma área de pastagem de, no mínimo, 2 milhões de km² para ser sustentado. Esta área equivale a um quarto do território nacional. Estas pastagens eram anteriormente áreas naturais como cerrados, florestas tropicais, entre outros.”
(Sérgio Greif, biólogo; 'Vegetarianismo a Favor do Meio Ambiente'; revista Criativa; Editora Abril; dezembro de 2005)




“Além do impacto causado sobre a atmosfera, criar gado é uma forma muito ineficiente de utilização dos recursos, sendo uma das principais responsáveis pela derrubada das florestas, como ocorre hoje na Amazônia. Grande parte das terras do mundo é destinada a pastagens.”
(Marly Winckler, socióloga; 'Produtos de Origem Animal Aquecem o Globo'; Jornal do Estado; 17 de julho de 2007)




“...podemos constatar a estreita relação entre a pecuária bovina e o latifúndio no Brasil. [...]
...no Brasil, desde sua colonização, há uma tendência à concentração da terra nas mãos de poucos. A pecuária não constitui exceção, pelo contrário. Hoje, os grandes latifundiários são em sua maioria fazendeiros de gado bovino. A tendência de expansão do latifúndio sempre foi marcada pelos conflitos que envolvem o posseiro, o agricultor não-proprietário, o índio, as matas nativas e as florestas virgens.”
('Caminhos do Boi - Pecuária Bovina no Brasil'; Cândida V. Gancho e Vera V. de Toledo; Editora Moderna; 10ª edição; 1997; p. 43)




“Vinte vegetarianos “ortodoxos” poderiam alimentar-se perfeitamente com o produto de uma área de cultivo suficiente para alimentar apenas um “comedor de carne”.”
('50 Pequenas Coisas que Você Pode Fazer para Salvar a Terra'; The EarthWorks Group; Editora Best Seller; 1989; p. 88)




“A indústria do gado gasta cinco vezes a água necessária para cultivar colheitas.”
('The Growing Case Against Red Meat'; Time; 23 de março de 2009)




“Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43.000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.”
('Deveríamos Parar de Comer Carne?'; Super Interessante; Editora Abril; abril de 2002)




“O gado -que consome mais comida do que produz- também compete por água diretamente com os seres humanos. E a expansão de pastos destrói terrenos mais sensíveis biologicamente, especialmente florestas, do que qualquer outra coisa.”
('Meat and the Planet '; The New York Times; 27 de dezembro de 2006)




“A indústria da carne é uma das principais consumidoras e contaminadoras da água doce do planeta, um recurso cada vez mais escasso. Os dejetos produzidos pelos animais criados em sistema de confinamento causam graves problemas ambientais.”
(Marly Winckler, socióloga; 'Produtos de Origem Animal Aquecem o Globo'; Jornal do Estado; 17 de julho de 2007)




“A produção de ração e de forragem para o gado requer enorme quantidade de água, resultando na escassez de água em certas áreas. [...] Raramente os consumidores são advertidos de que as proibições de regar os gramados, lavar automóveis e outras devem-se, em parte, à grande quantidade de água que é extraída para o cultivo de grãos para o gado e outras criações.”
('Produção de Alimentos, Degradação Ambiental e Fome'; Fórum Eco-Gaia; 15 de agosto de 2006; www.eco-gaia.net)




“Para alimentar todos estes animais criados artificialmente são necessários -além de espaço-, enorme quantidade de grãos e cereais que poderiam ser dados diretamente para os seres humanos. Num mundo onde a fome é uma realidade, o comer carne torna-se eticamente inaceitável.”
(Marly Winckler, socióloga; 'Produtos de Origem Animal Aquecem o Globo'; Jornal do Estado; 17 de julho de 2007)




“Estima-se que o gado mundial consome, atualmente, uma quantidade de comida equivalente às necessidades calóricas de mais de 9 bilhões de pessoas.”
(Dicionário Ilustrado de Ecologia; Terra; Editora Azul; p. 157)
[Obs: atualmente o globo possui 6,6 bilhões de pessoas]




“No Brasil, 44% das culturas destinam-se a produzir alimentos para os animais, isto é, quase a metade de tudo que nosso solo produz é usado para alimentar animais, que, por um lado, ao serem transformados em alimentos só podem nutrir reduzida parcela da população...”
('Produção de Alimentos, Degradação Ambiental e Fome'; Fórum Eco-Gaia; 15 de agosto de 2006; www.eco-gaia.net)




“Para que você hoje possa tomar um copo de leite ou comer um bife, foi necessário alimentar um animal durante mais ou menos 4 anos.”
('Programas de Saúde'; Carlos R. Vilela, Luiz Antonio L. de Novais e Vera Lúcia D. de Novais; Editora Atual; 1991; p. 32)




“Cada animal precisa comer para crescer e chegar ao tamanho e peso em que é considerado pronto para os seres humanos o ingerirem. [...] Ora... estamos alimentando o bezerro com comida que nós próprios poderíamos comer.”
(Peter Singer, professor de Bioética na Universidade de Princeton, Estados Unidos; 'Libertação Animal'; Editora Lugano; 2004; p. 186)




“A Terra pode alimentar 2,5 bilhões de bocas com uma dieta ocidental, rica em carne, ou 20 bilhões de vegetarianos.”
('Paul Roberts - Em 2050, Seremos Todos Vegetarianos'; Época; 12 de junho de 2008)




“De fato, os animais de granja estão sendo cada vez mais alimentados com grãos e cereais que poderiam ser consumidos diretamente pelos humanos. Ou são criados em terras que poderiam ser cultivadas com alimentos que fossem diretamente aos humanos, em vez de serem convertidos em peso ao gado. No ano de 1900, somente 10% do total de grãos no mundo era destinado à alimentação animal; em 1950 cresceu a um pouco mais de 20%, para chegar a 45% nos primeiros anos da década de 1990. Hoje, mais de 60% dos grãos é usado para alimentar o gado.”
('Problemas Medioambientales de la Producción de Carne'; El Mercurio Digital; 05 de junho de 2007; www.elmercuriodigital.es)




“A fome no mundo é uma realidade dolorosa, persistente e desnecessária. No momento, existe suficiente terra, energia e água para bem alimentar mais do que o dobro da população humana, contudo a metade dos grãos produzidos é destinado aos animais enquanto milhões de seres humanos passam fome. Em 1984, quando centenas de etíopes morriam diariamente de fome, a Etiópia continuava a cultivar e exportar milhões de dólares em alimento para o gado do Reino Unido e outras nações da Europa.”
('Produção de Alimentos, Degradação Ambiental e Fome'; Fórum Eco-Gaia; 15 de agosto de 2006; www.eco-gaia.net)




“Quando ambientes naturais são destruídos para a formação de pastos ocorre a perda de biodiversidade na área: a maior parte dos animais e plantas nativos desaparecem do local, sendo substituídos por forrageiras invasoras e gado. A remoção da cobertura vegetal original transforma completamente o ambiente, tornando-o impróprio para sustentar a maior parte das espécies que antes ali viviam.”
(Sérgio Greif, biólogo; 'Vegetarianismo a Favor do Meio Ambiente'; revista Criativa; Editora Abril; dezembro de 2005)




“O consumo excessivo de produtos animais desempenha papel proeminente na poluição da água. A explosão da população de animais de criação resultou em uma paralela explosão de resíduos animais. Os resíduos das fazendas-empresas, rapidamente inundaram os mercados de estrume resultando no acúmulo de montanhas de resíduos animais. O nitrogênio proveniente destes resíduos é convertido em amônia e nitrato e infiltra-se nas águas do subsolo e da superfície, poluindo poços, contaminando rios e riachos e matando a vida aquática. De acordo com a Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos, cerca da metade dos poços e todos os córregos do país estão contaminados por poluentes oriundos da agricultura.”
('Produção de Alimentos, Degradação Ambiental e Fome'; Fórum Eco-Gaia; 15 de agosto de 2006; www.eco-gaia.net)




“A produção dos alimentos de origem animal sofre demais transformações susceptíveis de representar um risco crescente de transmissão das doenças do animal para o homem, alertou segunda-feira última a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). [...]"O risco de transmissão das doenças do animal para o homem aumentará no futuro tendo em conta o crescimento demográfico humano e animal, as modificações potenciais da produção do gado, a emergência de redes agro-alimentares ao nível mundial bem como um aumento substancial da mobilidade de pessoas e de mercadorias", previne a FAO. [...]A circulação de animais e a concentração de milhares de animais confinados aumentam a probabilidade da transferência de elementos patogénicos, de acordo com a fonte.”
('FAO Receia Transmissão de Doenças de Animal para Homem'; Panapress; 18 de setembro de 2007; www.panapress.com)




“80% das doenças do homem são zoonoses.”
(Organización Panamericana de la Salud (OPS); 2009; www.ops.org.sv)




“Um único boi tem 18 litros de sangue e uma quantidade de fezes correspondente ao volume produzido por 70 pessoas.”
(Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado da Bahia; 27 de agosto de 2004)




“Os dejetos suínos tem um potencial poluidor 250 vezes maior que o esgoto doméstico.”
('Administração de Dejetos em uma Granja de Suínos'; Natural Rural; s/d)




“O lançamento indiscriminado de dejetos não tratados em rios, lagos e no solo... podem provocar doenças (verminoses, alergias, hepatites, hipertensão, câncer de estômago e esôfago). Além disso trazem desconforto à população (proliferação de moscas, borrachudos, mau cheiro) e, ainda, a degradação do meio ambiente (morte de peixes e animais, toxicidade em plantas e eutrofização dos recursos de água).”
('Utilização dos Dejetos'; Ambiente Brasil; www.ambientebrasil.com.br)




“Consultores do Banco Mundial relataram em periódico deste bimestre que substituir derivados animais na alimentação, como carnes e laticínios, por análogos vegetais, daria resultados mais rápidos contra o aquecimento global do que ações que trocam combustíveis fósseis por energia renovável.
Segundo estudo divulgado pela organização de pesquisa ambiental World Watch Institute, de Washington, a pecuária seria responsável por pelo menos 51% das emissões dos gases-estufa no mundo, ou 32,5 bilhões de toneladas.”
('Carnes e Laticínios Causam 51% do Gás-estufa Global, Diz Estudo'; Folha Online; 18 de dezembro de 2009; www.folha.uol.com.br)




“Após a correção dos erros e a atualização dos dados sobre a produção animal (que continuou a aumentar em escala global entre 2006 e 2009), os cientistas apuraram que a pecuária e seus subprodutos contribuem com, no mínimo, 51% de todos os gases causadores de efeito estufa.”
('Pecuária Mundial Gera Mais da Metade de Todos os Gases Causadores de Efeito Estufa'
; Vista-se; outubro de 2009; www.vista-se.com.br)




“Surpreendente e alarmante é o fato do gado ser responsável por cerca de 18%* do aquecimento global, mais do que a contribuição dos transportes. Os culpados são o metano - resultado natural da digestão bovina - e o nitrogênio emitido pelo esterco.”
('Meat and the Planet'; The New York Times; 27 de dezembro de 2006)
[*Obs: Esses cálculos foram atualizados pelos estudiosos da FAO, em 2009, para ao menos 51%]




“Para manter a consciência limpa com relação à poluição do planeta, a solução mais popular no momento é tomar medidas simples como trocar as sacolas plásticas pelas de pano e evitar o consumo de carne.”
('SOS Terra'; Veja; 24 de outubro de 2007; p. 93)




“O mundo deveria se tornar vegetariano para combater com sucesso a mudança climática, já que o efeito estufa do gás metano liberado por vacas e porcos é 23 vezes mais potente que o do dióxido de carbono, afirmou uma das maiores autoridades britânicas no assunto.
Em declarações ao jornal The Times, Nicholas Stern, autor de um relatório sobre a economia da mudança climática encomendado pelo Governo do Reino Unido, disse que a pecuária destinada ao consumo de carne representa "um desperdício de água e contribui poderosamente para o efeito estufa".”
('Economista Britânico Recomenda Vegetarianismo Contra Mudança Climática'; Folha Online; 29 de outubro de 2009; www.folha.uol.com.br)




“As pessoas deveriam reduzir o consumo de carne como contribuição pessoal para combater a mudança climática, segundo um especialista da ONU em entrevista neste domingo a um jornal britânico.
Rajenda Pachauri, presidente do IPCC (Painel Intergovernamental de Especialistas das Nações Unidas sobre Mudança Climática) declarou ao jornal "The Observer" que as pessoas deveriam começar a deixar de comer carne um dia por semana para, posteriormente, ir reduzindo ainda mais o consumo.
O economista indiano argumenta que uma mudança na dieta seria muito importante na luta contra a mudança climática porque, com a redução do consumo de carne, se reduziria também as emissões de gases de efeito estufa e problemas ambientais como a destruição de habitats naturais pela criação de gado.”
('ONU Propõe Que Se Coma Menos Carne Para Lutar Contra a Mudança Climática'; Folha Online; Folha Online; 07 de setembro de 2008; www.folha.uol.com.br)




“Para comer carne, é preciso cortar bosques para cultivar pastos. Depois, é preciso alimentar esses animais com grãos, que são produzidos de uma forma que consomem muita energia. É preciso refrigerar essa carne. Reduzir o consumo de carne é bom para a saúde e para o planeta. Possivelmente, [comer carne] é pior do que dirigir uma caminhonete 4x4.”
(Rajendra Pachauri,
presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2007; 'Comer Carne É Tão Ruim Como Dirigir Uma Caminhonete'; Revista do Instituto Humanitas Unisinos; 29 de novembro de 2009; www.ihu.unisinos.br)




“Segundo um recente relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o sector pecuário gera mais gases com efeito de estufa - 18* por cento, medidos em equivalente de dióxido de carbono (CO2) - que o sector dos transportes. Também é uma das principais causas da degradação do solo e dos recursos hídricos. [...]
Se se incluem as emissões pelo uso da terra e pelas alterações ao uso da terra, o sector pecuário é responsável por 9 por cento do CO2 procedente da actividades humana, mas produz uma percentagem muito mais elevada dos gases com efeito de estufa mais prejudiciais. Gera 65 por cento do oxido nitroso de origem humana, que tem 296 vezes mais Potencial de Aquecimento Global (GWP, sigla em inglês) do que o CO2. A maior parte deste gás provém do estrume.
É também responsável por 37 por cento de todo o metano produzido pela actividade humana (23 vezes mais prejudicial que o CO2), que se origina em grande no sistema digestivo dos ruminantes, e por 64 por cento do amoníaco, que contribui de forma significativa para a chuva ácida.”

('FAO: Pecuária Ameaça o Ambiente; É Necessário Encontrar Soluções Urgentes'; AgroPortal; 30 de novembro de 2006; www.agroportal.pt)
[*Obs: Esses cálculos foram atualizados pelos estudiosos da FAO, em 2009, para ao menos 51%]




“Apontado como um dos grandes culpados pelo aquecimento global, a pecuária e o consumo de carne
estão sendo cada vez mais debatidos por biólogos, vegetarianos e movimentos sociais. Isso porque é preciso que a população, como um todo, saiba que o consumo desenfreado de carne contribui para a devastação da natureza. A indústria da carne é uma das maiores responsáveis pela poluição da água. Somente os animais criados para o consumo humano nos Estados Unidos produzem uma quantidade de excrementos 130 vezes maior do que a de toda a população mundial. Além disso, a pecuária é uma das maiores consumidoras de água. São necessários de 20 mil a 30 mil litros de água para produzir um quilo de carne, mas apenas 150 litros de água para um quilo de trigo. E mais: a criação de animais de corte é responsável por 90% do desmatamento de florestas tropicais.”
('O Impacto Ambiental do Consumo de Carne'; Revista do Instituto Humanitas Unisinos; 05 de novembro de 2007; www.ihu.unisinos.br)




“A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) representa os maiores frigoríficos exportadores do Brasil. Seu presidente, Roberto Gianetti da Fonseca, aponta em entrevista que seus associados não têm, de fato, como se certificar de que todo gado comprado na região amazônica não venha de áreas desmatadas ilegalmente.”
('Frigoríficos Não Têm Como Checar Origem dos Bois Que Compram, Diz Associação'; Globo Amazônia; 01 de junho de 2009; www.globoamazonia.com)




“[trabalho escravo:] Segundo informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a pecuária é a atividade econômica que mais adota essa prática criminosa - 80% dos casos.”
('Plano Nacional para Erradicar a Escravidão tem 66 Metas'; Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC); 26 de janeiro de 2009; http://pfdc.pgr.mpf.gov.br)




“[o incêndio] muitas vezes é ateado simplesmente para limpar o campo ou para formar áreas de pasto para o gado.”
('Cerrado: As Cinzas da Vida'; Geográfica Universal; setembro de 1993; Bloch Editores; p. 92)




“"A carne ficará apenas ao alcance dos ricos", prevê Ed Ayres, diretor do instituto ambiental Worldwatch, num artigo escrito para a revista Time. A pecuária em larga escala de animais de corte, segundo ele, pode acabar antes do fim do próximo século. Para Ayres, o custo sócio-econômico (por causa do aumento nas taxas de doenças cardíacas devido à ingestão de carne) e ambiental da criação massiva de gado, aves e porcos será muito alto. A água doce, que será cada vez mais escassa, não poderá ser desperdiçada com animais e as fezes produzidas pelos animais produzirá um alto nível de contaminação dos solos. "A produção de carne vai ser ainda mais poluidora", escreveu ele.”
('Salada Mista Com Licopeno'; IstoÉ; 05 de janeiro de 2000; p. 79)




“Acaba sendo um estilo de vida mais simples. Você se satisfaz com alimentos que exigem pouca preparação e também gera menos lixo.”
(George Guimarães, nutricionista, sobre a opção pela alimentação vegetariana; 'Compras para Salvar o Mundo'; Época; 21 de novembro de 2005; Editora Globo; p. 95)
















_

pesquisa e compilação: ONCA
dezembro/2009
onca.contato@gmail.com