Protesto contra uso de animais em rodeio em Garibaldi (RS)
Por Redação Onca
Por Redação Onca
No domingo 06 de novembro, enquanto um grupo de ativistas do Onca se preparava para o quarto dia de protesto no rodeio que se realizava em Pinhais, no Paraná, o grupo de ativistas do Onca no Rio Grande do Sul, junto ao grupo Papo Verde e ativistas independentes já estava em frente ao parque de eventos da Fenachamp, em Garibaldi (RS), na serra gaúcha, numa manifestação pela mesma causa: pedir o fim do uso e da exploração de animais em rodeios.
Logo no início da tarde, mesmo sem existir policiamento no local, os manifestantes não se intimidaram e começaram a ação exibindo faixa e cartazes de Libertação Animal. Um dos cartazes dizia: “Seja contra rodeio! Os animais perdem todas as vezes”. E uma enorme faixa perguntava: “ E se fosse você?”. Além disso, os ativistas orientavam o público sobre a realidade que existe no sofrimento vivido pelos animais antes e durante as suas apresentações na arena e ofereciam panfletos que abordavam o tema, com títulos como “Animais não existem para nossa diversão” e “Rodeios não são divertidos para os animais”, relatando sobre os apetrechos de tortura utilizado nos animais.
Alguns freqüentadores de rodeios hostilizaram a ação com xingamentos, tentando ridicularizar de várias formas e em alto tom de voz e outros diziam que em outros rodeios existiam maus-tratos, mas não naquele.
Mas a proposta do grupo era despertar as pessoas a pensar na situação daqueles seres que eram submetidos a todo aquele sofrimento apenas para servir de diversão ao ser humano. A começar, estarem o dia todo debaixo de um calor extremo amarrados a cordas e cercados.
O ato que provocou a ira de alguns também sensibilizou a outras pessoas, que se diziam a favor do protesto e parabenizavam o grupo. Entre eles, um jornalista que ofereceu todo o apoio a iniciativa do grupo. Em muitas faces era nítido o autoquestionamento sobre aquilo a que estavam apoiando.
A ação durou enquanto houve o trânsito de carros e pedestres e, quando a movimentação foi cessando, os ativistas deram por encerrada a manifestação. Apesar de não terem o poder de libertar os animais que ali estavam, os ativistas sentiram a satisfação de poder demonstrar publicamente que existem aqueles que se importam e são capazes de falar por aqueles seres que não podem se defender por si mesmos.
Organizadores e exploradores viram que aqueles que se importam começam a se manifestar publicamente. E os que freqüentam tiveram o convite de analisar as suas escolhas e valores e de refletir sobre que é possível que os indivíduos se divirtam sem que seja necessário fazer uso do sofrimento e da subjugação de animais.
Quando se retiravam do local com a sensação do dever cumprido, o grupo do Onca no Paraná iniciava seu protesto em Pinhais. Foi mais um marco para o ativismo no Brasil, os dois manifestos em dois estados diferentes, mas gritando pela mesma finalidade: o fim da exploração animal.
Foto: Onca
Lei Federal Nº 9.605/98
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
[...]
§ 2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Algumas cidades brasileiras que proíbem práticas de rodeios:
São Paulo, Rio de Janeiro, Guarulhos, Jundiaí, Araraquara, Curitiba, Campinas, entre outras.
Cidades nos Estados Unidos que proíbem a prática de rodeios:
Fort Wayne (Indiana) e Pasadena (Califórnia), além de outras importantes.
Assista ao vídeos:
- “Rodeos Abuse, Maim and Kill Animals”
http://www.youtube.com/watch?v=XZxL7umkbRo&feature=player_embedded
- cenas variadas de rodeios:
http://www.youtube.com/watch?v=mSm907JFoD4&feature=related