segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Onca em Caxias do Sul aborda testes







Testes e experimentação em animais foi tema de ato em Caxias do Sul








Por Redação Onca























Ato teve sucesso que surpreendeu aos próprios ativistas

Um dia histórico para Caxias do Sul e para o ativismo no Brasil. É assim que poderia ser definido o sábado dia 19/11/2011.





Mesmo diante de vários empecilhos e imprevistos, nada impediu que os integrantes do Onca na serra gaúcha estivessem presentes para realizar o ato anunciado na praça Dante Alighieri, no centro de Caxias do Sul (RS) para conscientizar o público e revelar a verdadeira face dos testes e da experimentação animal.






Desde as 13h, início das atividades, o estande do Onca passou a receber um constante número de curiosos e interessados no tema, que paravam para discutir e esclarecer dúvidas. Um painel exibindo a imagem de um cão sendo vítima de experimentação científica questionava: “Ciência ou crueldade?”.






Outras imagens também revelavam a crueldade vivida pelos animais nessas práticas. E era bastante visível a admiração de pessoas que se aproximavam do estande não conhecendo anteriormente o tema. Dizendo-se chocadas com as cenas, perguntavam o que poderiam fazer para ajudar aos animais. Uma senhora, por exemplo, não quis terminar de ver todas as imagens.
Um material informativo estava à disposição do público, como panfletos gratuitos e matérias publicadas em revistas e cópias do documentário ‘Não Matarás’, produzido pelo Instituto Nina Rosa, entidade de referência neste tipo de assunto.






Tal o fluxo de pessoas que os integrantes do Onca mal viram o dia passar. Um dos maiores interesses do público era em conhecer e distinguir as marcas e empresas que realizam testes em animais e as que não o fazem, provando que quando tomam conhecimento do assunto, muitos demonstram interesse em colaborar com o fim da exploração animal.






Algumas pessoas demonstraram interesse em se filiar ao grupo. Um ativista de Fortaleza (CE) parabenizou o grupo por abordar o tema em público e ficou visivelmente emocionado ao contemplar as imagens das sobras dos corpos de animais após os testes realizados.






As atividades previstas para encerrar às 17h foram estendidas por mais uma hora, devido ao interesse surpreendendo do público. E só quando os panfletos e alguns outros materiais acabaram, por volta das 18h, o trabalho do grupo foi dado por encerrado, com a convicção de todos os ativistas de ter despertado em muitos a conscientização de uma mudança no comportamento diário e de ter levantado o questionamento do tema para outros tantos.
O jornal Pioneiro esteve no local e noticiou o evento.

É bom saber:
Nos Estados Unidos, mais de 70% das universidades (incluindo as de Harvard, Stanford e Yale) não utilizam mais animais em experimentação. Na Alemanha, 100% das universidades não fazem uso da experimentação animal. Desde 2007, a Famed, Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais no ensino de graduação, considerada hoje a melhor faculdade de medicina do país, e tendo conquistado o primeiro lugar no Exame Nacional de Desempenho Estudantil já após esta mudança no seu sistema de ensino. Cursos na Faculdade de Medicina do ABC (SP), UnB (Universidade de Brasília), USP (Universidade de São Paulo), e UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre outras também apresentam hoje alternativa ao uso de animais.






Programas de computador, por exemplo, podem avaliar o índice de toxicidade de medicamentos e de produtos químicos. Recorre-se à softwares também para complementar as observações clínicas do paciente. As culturas de tecidos e de células humanas, provenientes de biópsias, cordões umbilicais ou placentas descartadas, dispensam o uso de animais. Vacinas podem ser fabricadas a partir da cultura de células do próprio homem, sem a necessidade dos cruéis experimentos envolvendo a sorologia.

É lei!
Apesar da resistência de certas universidades, a Constituição Federal, em seu Artigo 5º, Viii, garante a dispensa do estudante de aulas e o direito a métodos alternativos.
Além disso, a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, atualmente tipifica como crime de maus-tratos a prática da experimentação em animais, uma vez que há alternativa:





Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou
domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º. Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal
vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º. A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.






O que você pode fazer:
Se ainda não optou pelo curso, escolha universidades que não fazem uso de animais. Caso já esteja cursando, baseado na legislação brasileira, peça a dispensa das aulas com uso de animais e o direito a usar métodos alternativos. Além disso, faça uma campanha, coletando assinaturas pedindo que a universidade evolua, seguindo as modernas universidades e abandonando a exploração de animais.



Assista ao vídeo do evento:
http://www.youtube.com/user/onca0001?feature=grec_index




Foto e vídeo: Onca











Conheça as empresas que TESTAM seus produtos em animais:
http://oncabrazil.blogspot.com/2011/11/empresas-que-testam-em-animais.html






Conheça e divulgue empresas que NÃO fazem testes em animais:
http://oncabrazil.blogspot.com/2011/11/empresas-que-nao-testam-em-animais.html







Fonte:
‘Instrumento animal’, Thales Tréz, Canal 6, 2008
‘Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais’, EcoAgência, 13/07/2009




Leia mais:

‘Medicina da Ufrgs ensina sem usar animais’
EcoAgência, 13 de julho de 2009
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id===AUUF0dW1GdhJlRaVXTWJVU

‘Alternativas ao uso de animais vivos na educação pela ciência responsável’
Sérgio Greif; Instituto Nina Rosa; 2003; 175 p.
http://www.institutoninarosa.org.br/produtos-inr/alternativas